Denúncia: Amélio Cayres Usa Avião da Saúde do Tocantins para Fazer Pré-Campanha Eleitoral

Uma denúncia grave coloca sob suspeita o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Amélio Cayres, por uso indevido de recursos públicos destinados à saúde. De acordo com apurações do portal Pensa Tocantins, Cayres estaria utilizando um avião alugado pelo Governo do Estado para transporte aeromédico – financiado com verba da saúde – em deslocamentos políticos ligados à sua pré-campanha eleitoral.

As informações indicam que o avião modelo Beechcraft B200 Super King Air, matrícula PS-BRA, operado pela empresa Brasil Vida Táxi Aéreo, contratada pelo Estado para realizar UTIs aéreas, vem sendo utilizado por Cayres em visitas recentes a cidades do interior. Recentemente Amélio visitou Taguatinga, Aparecida do Rio Negro, Palmeirópolis, Figueirópolis, Araguatins e Araguaína.

O contrato da aeronave, firmado através do Pregão Eletrônico nº 006/2020, prevê exclusivamente o transporte aeromédico de pacientes em estado grave, incluindo UTIs adultas, infantis e neonatais. Com valor anual de mais de R$ 10 milhões, pagos com verba da saúde estadual, o contrato proíbe explicitamente o uso para fins particulares ou político-partidários.

A denúncia aponta que Cayres estaria "voando com o avião do estado locado pela saúde", sem qualquer justificativa técnica ou institucional compatível com os objetivos do contrato. O caso ganha contornos ainda mais delicados diante do histórico recente de atrasos nos pagamentos à empresa Brasil Vida, que já notificou o Governo do Tocantins por inadimplência superior a R$ 3 milhões, ameaçando suspender o serviço essencial à população.

Além disso, há registros de mortes por falta de transporte aeromédico em anos anteriores, o que torna o uso político dessas aeronaves ainda mais revoltante para a população tocantinense.

A denúncia levanta questionamentos sobre abuso de poder, uso da máquina pública em benefício próprio e desvio de finalidade de recursos da saúde, o que pode configurar crime eleitoral e improbidade administrativa.